King Grant

Fiquei sossegada quando a porta de abriu e apoiei-me nos cotovelos quando ele se foi enfiar na casa de banho. Mordi o lábio inferior e afastei as mantas, saindo da cama. Caminhei até à casa de banho e abri a porta sem bater. Não queria saber se quer - Estás bem? - perguntei preocupada com ele. Não sabia se era só por andar a fugir de mim ou se estava assim por outra coisa.

Fechei os olhos quando a porta se abriu. Apoiei-me no lavatório de costas viradas para ela e abanei a cabeça assim que a ouvi.
-Não - respirei fundo e endireitei-me - tens que parar com isto Phoebe. Tens que parar com isto porque eu não consigo mandar-te mais embora - cerrei um punho - eu não quero que aconteça outra vez, tudo de novo, e vai acontecer, porque eu sei que vai - bati com o punho no azulejo - por isso sai. Por favor. Quando me esqueceres de vez vais ver que foi a melhor coisa que fizeste em toda a tua vida.

Fui aproximando-me dele enquanto o ouvia a falar e abanei a cabeça. Pousei uma mão nas costas dele e fiz festas nas mesmas, para cima e para baixo. Com a outra mão, agarrei na mão com que ele tinha dado um soco à parede e levei-a aos meus lábios, dando-lhe um beijinho nos nós dos dedos - Não vai acontecer outra vez, King. E eu não te vou esquecer, nunca, não consegues perceber isso? Eu amo-te, a ti, não a outro. Quando se ama uma pessoa a sério não se esquece.

Olhei-a quando deu um beijinho na minha mão, que doía e abanei a cabeça - Também dizias que não ia acontecer e aconteceu - disse olhando para o espelho, fazendo-a largar o meu braço - podes, vai para casa, vai ter com os teus irmãos, faz alguma coisa, vai trabalhar ou estudar. Faz alguma coisa que eu não possa fazer aqui fechado.

Afastei-me ligeiramente dele e suspirei - Não me querias magoar King e eu devia ter ficado, não devia ter dito aquelas coisas. - voltei a suspirar e aproximei-me dele de novo - Não te vou deixar, eu quero ficar contigo, por favor.

-Não - abanei a cabeça - eu pedi para ires embora sempre que eu me estivesse a passar. Eu não me importava, só queria que fosses embora - abanei a cabeça passando as mãos pela cara e pela testa. - Não podes ficar comigo, esquece, deixa-me de uma vez por todas.

Voltei a abanar a cabeça e cheguei-me para ele, rodeando o seu tronco com os meus braços. Fechei os olhos com força e encostei a cara ao peito do King - Não consigo ir embora, King. Não te consigo deixar. - mordi o lábio inferior com força antes de começar a chorar, como sempre - Se queres tanto que me vá embora - a voz tremeu-me. Estava a entrar num jogo complicado - Despede-te primeiro. Como deve ser, quero uma coisa a sério, para me lembrar de ti para sempre.

Engoli em seco quando me abraçou, agarrada ao meu tronco, ainda a tentei afastar, mas não a queria magoar, por isso permaneci imóvel enquanto ela falava.Só tinha mais uma opção. Era fechar-me no quarto, sem que ela pudesse entrar. Engoli em seco assim que ela falou em despedir-me. - Não - abanei a cabeça - Não me vou despedir de ti, finge que eu morri. - consegui afasta-la e afastei-me também eu até abrir a porta.

Respirei fundo e aproximei-me dele muito rápido, dando um pontapé à porta da casa de banho para não o deixar sair dali - Não! - gritei já a sentir as lágrimas a escorrer pelas bochechas. Passei as costas das mãos por lá à bruta e olhei-o - Não me vais continuar a virar as costas, King. Eu não me vou embora ou ainda não percebeste? Não interessa o que tu faças eu vou continuei a tentar.

Encostei-me à parede assim que ela fechou a porta da casa de banho com um pontapé e engoli em seco olhando para o chão. - Mas eu não quero magoar-te mais - murmurei deixando-me cair em cima do tampo da sanita, passando as mãos pelo meu cabelo - e vai acontecer outra vez, eu sei que vai. - murmurei.

Suspirei quando o vi a sentar-se e vi pela primeira vez em muito tempo como é que ele estava verdadeiramente. Ajoelhei-me à frente dele e meti-me entre as suas pernas, olhando-o - Não me vais magoar, King. Eu sei que consegues não me magoar. - sorri-lhe - Hey, sou eu. Tu não me magoas.

Engoli em seco quando se meteu à minha frente e abanei a cabeça a tudo o que ela dizia deixando a cabeça cair até aos meus joelhos, deixando as mãos por cima da cabeça.
-Como é que tu não perceber que não há ninguém que consiga controlar isto? Se eu não consigo mais ninguém consegue. - murmurei.

Suspirei e fiz-lhe festinhas no cabelo, beijando-lhe o alto da cabeça - King.. por favor. Tu sabes que isto não está a fazer bem a ninguém. - voltei a suspirar e tentei abraçá-lo - Eu amo-te e sei que tu também, por favor. - pedi baixinho de olhos fechados.

Senti os seus braços a rodearem-me, o que me fez levantar a cabeça e encostar a mesma ao seu ombro abanando a cabeça mais uma vez.
-Estava a fazer-te bem, mas tu não sabes afastar-te, não é assim tão dificil - disse sabendo que não era verdade, se fosse ao contrário eu não tinha desistido tal como ela não tinha feito.

Continuei com os braços à volta do tronco dele e fiz-lhe festinhas no cabelo quando deitou a cabeça no meu ombro. Abanei a cabeça e suspirei - Não estava a fazer bem a ninguém, King. - beijei-lhe a testa e deixei-me ficar encostadinha a ele. Completamente. Tinha passado muito tempo desde que estávamos assim. Ninguém quando o tinha beijado ele tinha se aproximado assim tanto de mim - Vamos acabar com isto, King. Eu não consigo viver sem ti e tu também não consegues viver sem mim. - disse com um sorriso.

Rodeei o seu corpo enquanto a abraçava e fechei os olhos. Não fazia mal agora, estava todo confuso sem saber o que fazer. Talvez... talvez fosse melhor deixar que ela se aproximasse novamente, mas não de igual forma, estávamos demasiados próximos antes. Assim estávamos os dois bem, penso eu. Não consegui evitar não rir com o que ela disse, apesar de ser verdade - convencida - brinquei ficando de cabeça baixa.

- É verdade. - disse com um sorriso. Cheguei-me o máximo que conseguia para ele e continuei com as festinhas no seu cabelo - Podemos acabar com isto e ficarmos juntos? Não consigo ficar sem estar contigo mais tempo. - suspirei - A.. outra vez.. tinha-me bastado. - murmurei baixinho.

Abri os olhos, afastando a minha cabeça, mas não muito. Ela tinha razão, não fazia bem a nenhum de nós, mas eu também não lhe fazia bem a ela, era por isso que não ia ser como dantes, pelo menos ia tentar que não fosse. - Sim - murmurei baixinho assentindo com a cabeça - tenho saudades tuas - disse no mesmo tom.

- Eu sei franguinho, eu também tenho. - disse-lhe com um sorriso enquanto me chegava para ele para o abraçar com força. Fechei os olhos e suspirei, roçando os lábios no maxilar dele - Beija-me. - pedi baixinho - Tenho saudades tuas.

Fechei os olhos quando senti os seus lábios no meu maxilar e levantei-me ao mesmo tempo que a puxava para cima. Agarrei na sua cintura e baixei-me até beijar os seus lábios. - Eu também tinha saudades tuas - disse baixinho voltando a beija-la como deve de ser.

Trepei para o colo dele, sentando-me no mesmo enquanto nos beijávamos. Os meus dedos entrelaçaram-se no cabelo dele e sorri interiormente. Estava mais que radiante, nem havia palavras para aquilo. Cheguei-me mais para ele enquanto aprofundava o beijo. Tinha saudades de tudo, tinha saudades dele.

Passei mãos pelas suas costas afastando um pouco da sua camisola e afastei os meus lábios da boca dela para respirar, aproveitando para lhe beijar o pescoço muito devagarinho. - Desculpa - murmurei enquanto a beijava - desculpa por tudo - pedi baixinho, agarrando na sua cabeça para a puxar para mim de novo.

Continuei de olhos fechados enquanto ele me beijava o pescoço e sentia as suas mãos na minha camisola. Cheguei-me mais para ele continuando com as mãos no seu cabelo e abanei a cabeça - Não faz mal, amor. - sorri quando me voltou a puxar e beijei-o - Eu amo-te. - murmurei com um sorriso antes de o beijar de novo.

Sorri levantndo-a com ela ao colo e levei-a até ao colo devagarinho, até à minha cama onde a deitei com cuidado. - Não digas mais aquilo - pedi abrindo os olhos para a olhar - não digas aquilo - repeti apertando a sua roupa nas minhas mãos. Apesar de saber que não era verdade aquela frase ia estar para sempre marcada na minha cabeça

Coloquei as pernas à volta dele quando se levantou comigo ao colo e puxei-o para cima de mim depois de me deitar na cama. Abanei a cabeça e agarrei na cara do King com as duas mãos para o fazer olhar-me - Eu não digo, King. Aquilo é mentira, eu amo-te. Eu estava irritada e disse da boca para fora, eu amo-te. - puxei-o para mim para o voltar a beijar.