Jardim

Revirei os olhos e encolhi os ombros com a pergunta dela - Se calhar porque tu sabes demasiado e não posso fugir. - fiz um sorrisinho convencido - Não te armes em convencida só porque eu continuo aqui.

- Sim claro, adoro as desculpas que arranjas para as coisas. - mordi o interior da bochecha e tentei não me rir. Abanei a cabeça. - Não sou convencida. - retorqui.

- Não desculpas, parva. É a verdade. - puxei-a para mim até se encostar ao meu peito e pousei o queixo no seu ombro - Quando é que a tua mãe vem? Já que preciso de salvar a bruxa má tenho de ter um plano pronto. - encolhi os ombros e empurrei-a, agarrando-lhe no braço para que não caisse - Apesar de seres irritante.

Revirei os olhos quando me puxou para ele. - Amanhã de manhã... - disse com um suspiro, já estavamos no fim do dia, não tardava a que a noite chegasse e depois ela vinha para me levar com ela. Fiz uma careta quando ele me empurrou e tentei não pensar naquilo. - Sim, posso ser irritante mas tu até que gostas. - retorqui.

- Então amanhã de manhã vemos isso. - disse com um sorriso todo espertinho. Fiz uma careta e abanei a cabeça assim que ela disse que eu gostava - Credo, não gosto nada. Já te disse que não tenho opção, não sejas convencida.

- Sim... - murmurei um pouco mais baixo e suspirei, estava mesmo com medo do que poderia acontecer. Abanei a cabeça. - Estás a mentir. - fiz-lhe caretas enquanto o olhava.

- Vai correr tudo bem. - revirei os olhos e abanei a cabeça - Por favor, sou eu. Vou dar a volta à tua mãe com uma pinta. - olhei para ela quando disse que estava a mentir e fiz-lhe um pirete - Não, estou mesmo a falar a sério.

Fiz uma cara confusa com o que ele disse e desatei a rir-me. - Parece que vais seduzir a minha mãe ou assim ao dizeres isso. - fiz uma cara ainda mais confusa. - Enfia isso num sítio que eu cá sei. - resmunguei quando ele me fez um pirete.

Semicerrei os olhos enquanto assentia com a cabeça - Isso é uma boa ideia. Acho que a consigo convencer a deixar-te cá com uma boa horinha de sexo. - mexi as sobrancelhas com um sorriso convencido. Olhei para ela e abanei a cabeça - Tu sabes? Não te estou a ver de pernas abertas.

- Que nojo James, é a minha mãe. - fiz uma careta. - Uma velha feia e horrorosa completamente diferente de mim. - gozei com ele. - Ah ah ah que engraçadinho oh senhor tarado. - resmunguei.

Virei a cara para ela quando disse que era um nojo por ser a mãe dela e que era completamente diferente dela e sorri - Ah, tu estás com ciúmes da tua mãe. - abanei a cabeça ainda a sorrir - Não é engraçado, é mesmo bom. - pisquei-lhe o olho e levantei o dedo de novo.

- Não é nada ciúmes. - revirei os olhos e fiz uma careta. - É só mesmo porque é a minha mãe e imaginar isso... - abanei a cabeça tentando nem sequer imaginar. Agarrei-lhe no dedo e dei uma mordidela com alguma força. - Também é bom isto? - perguntei com um sorriso cinico.

- Ciúmes. - disse-lhe com um sorriso todo convencido. Semicerrei os olhos quando ela me mordeu o dedo e voltei a puxá-la para mim, contra o meu peito. Coloquei os braços à volta da cintura dela para a levantar e levei-a para um sitio do jardim mais escondido onde os médicos e enfermeiros que passassem não nos iam ver. Encostei-a a uma árvore e olhei-a - Não me mordas ou dou mesmo uso aos dedos.

- Não tenho ciúmes. - insisti quando ele voltou a dizer aquilo. Arregalei os olhos quando me puxou contra ele e nos levou para um sítio meio escondido. - Pois, eu sei que tu queres assim tipo... muito. - provoquei-o enquanto abanava a cabeça e o fitava.

Olhei para ela de cima a baixo e abanei a cabeça, colando o meu corpo ao dela quando a encostei mais à árvore. Fiz o meu sorriso convencido e toquei-lhe no queixo para que me olhasse - E tu não queres nada.

Abanei a cabeça enquanto o olhava. - Não, não quero nada. - retorqui. - Quer dizer, quero que saias de cima de mim. - resmunguei. - E sim, sei que adoras estar colado a mim.

Encolhi os ombros e afastei-me dela, continuando a andar pelo jardim - Tu é que sabes, depois não te queixes quando quiseres. - coloquei as mãos nos bolsos e continuei a andar - Devias aproveitar. Se correr mal nunca mais me vês. É uma desilusão.

- Nunca vou querer. - encolhi os ombros e comecei também a andar. Revirei os olhos. - Obrigada por dizeres isso e me fazeres ter cada vez mais a certeza que vou ter de ir embora. - resmunguei com um suspiro.

- Ainda bem, eu também nunca ia querer uma maluca como tu. - disse fazendo uma careta. Só me faltava uma maluca para ainda abrir a boca e eu ficar sem dinheiro e na prisão. Apesar de ela ser toda jeitosa. Encolhi os ombros com o que ela disse - Só disse que se fores embora vais perder o encanto do James e vais chorar de pena.

- Fixe. - resmunguei com um revirar de olhos. Encolhi os ombros. - Sim James, eu sei que estás ansioso de te veres livre de mim, podes dizer logo.

Revirei os olhos quando ela começou com aquilo - Achas que se eu me quisesse ver livre de ti que te estava a tentar ajudar? - deixei estar as mãos dentro dos bolsos e encolhi os ombros - Se te quisesse ver fora daqui não fazia nada se quer, deixava que a tua mãe te levasse simplesmente.

- Não sei. - disse encolhendo os ombros ao que ele tinha dito, o que fazia todo o sentido mas pronto. - Podes estar só a ajudar-me por pena. - disse.

Virei a cara para ela e desatei-me a rir - Por pena? - repeti e abanei a cabeça - Bri, achas que eu tenho pena de alguém? Para começar a ter pena das pessoas elas tinham de ter pena de mim. - voltei a rir-me e puxei-a para mim - Vamos entrar, já está a ficar tarde.

- Eu sei lá. - disse com um encolher de ombros, eu é que sabia se ele tinha pena das pessoas ou não? - Sim, é melhor. - disse com um suspiro e entrámos dentro da clínica.

- A única coisa que vou ter pena é se tu fores embora e não admires que gostaste de me beijar e que querias mais. - disse com um sorrisinho enquanto a puxava para a clinica antes que os enfermeiros viessem chatear - Mas tu és teimosa e gostas de ignorar o óbvio.